sexta-feira, 18 de março de 2011
Heróis de um Mundo Paralelo
Tudo começou com o Dinho, que criou a imagem de 'cangaceiro dos pampas' e ganhou ibope. Pena que tomou um boxe do colombiano Rincón e viu seu cartaz ser rasgado na frente dos próprios gremistas, que argumentaram: “jogador inteligente, tentou cavar a expulsão ao cair”.
Depois veio Sandro Goiano: não jogava absolutamente nada, dava pontapés, vivia reclamando da arbitragem e o principal: fazia cara de malvado. Caiu para a Segunda e não teve competência para achar um clube na Primeira, o que levou a permanecer no Grêmio por mais uma temporada, consequentemente caindo nas graças da torcida local.
Souza e Tcheco foram outros. Perceberam que o importante não é jogar e sim forjar provas de amor eterno e claro... cara de malvado. Souza deu uma bota em um adversário, depois foi para os microfones e disse que futebol era coisa para macho, amamentando a torcida. Tudo para atenuar os efeitos da notícia de que estaria mudando de clube.
E o Mestre Jonas? Não fazia cara de malvado mas foi só acertar a transferência que mandou uma banana para a torcida gremista. Quer atitude mais rebelde que ofender a própria torcida? Os gremistas adoraram!
E o que dizer do Rochemback? Reparem na cara de psicopata que ele faz quando vai cobrar uma falta. Deixa a boquinha semiaberta, olha para a bola, para o goleiro e claro... para as câmeras. É tudo o que um jogador necessita para ganhar destaque no Grêmio: fazer cara de malvado. Ser rude. Ser mesquinho.
Mais: O técnico Renato Portaluppi já se deu conta disso. A grande reabilitação no Brasileiro de 2010 deu lugar a um festival de xiliques e pitís à beira do gramado. Chuta a casamata, chuta garrafinhas d'água, quase chuta os jogadores e parece que vai chutar o balde em breve. Com a notícia de que prefere o Fluminense ao Grêmio, é aguardada uma onda de civismo gremista (atitudes guerreiro-varzeanas) para reforçar os vínculos com a dita torcida. E daí vem o 'Cazalberto' com sua criativa puxação de saco via Twitter e polimento anal na grama.
Ninguém está preocupado em jogar bola e sim reforçar o Marketing Pessoal para ganhar destaque por lá. Pra que títulos se a torcida comemora vice-campeonatos, amareladas e rebaixamentos?
Enquanto isso, segue a mitologia imortífera...
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