Professor

Estarei disponibilizando aqui alguns trechos de meu trabalho de conclusão na faculdade.
O tema principal é: Relação Professor Aluno

Espero que gostem...




O professor, perante os alunos, possui um papel significativamente importante. Embora existam tendências que não têm esse entendimento, será estudado a seguir questões próprias sobre a importância e a necessidade de haver professores capacitados em meio ao ambiente escolar.
Segundo Piletti (2000, p.19) “O professor profissional não é o único agente da educação.” A educação está inserida em toda comunidade escolar, família, professor, direção, etc. Ele segue afirmando, “O Professor não pode se limitar em ser um mero repetidor”. Se ele confirmar essa afirmação, sua atuação pode ser inutilizada, pois sua função é bem mais ampla e envolve uma gama maior de possibilidades.
Há de se considerar alguns fatos: Uma pessoa que leva consigo o nome de professor, atua em um local chamado escola, onde crianças passarão cerca de um quarto de seu dia útil (considerando 24 horas do dia, menos 8 horas necessárias de sono; 16 horas acordado dividido por quarto horas escolares, logo tem-se ¼ do dia útil) esperando aprender com isso. Pronto, tem-se agora uma situação e um ambiente que se não for mediado de maneira correta pelo educador, pode comprometer o futuro dessas crianças, já que as influências fazem parte de uma grande quantia do que é captado pelas mesmas durante sua vida escolar.
Partindo desse pressuposto verifica-se a importância de como os educadores devem ter um bom nível de controle a respeito dos aspectos favoráveis ao ensino e a postura como exemplo dentro da sala de aula, pois querendo ou não, todos se lembrarão de seus respectivos professores em algum momento de suas vidas, seja pelas atitudes que os influenciaram positivamente, quanto às influências de cunho negativo.
Tosi discute que existe uma diferença entre professor e educador. Ela afirma que: “O professor é conhecido de todos: é a pessoa habilitada, especializada e contratada para, sistematicamente passar para um aluno um conjunto de conhecimentos que o tempo e a experiência selecionaram da cultura universal [...].” (TOSI, 2003, p. 21). E ele segue afirmando que o professor é o habilitado, ou seja, segundo a LDB se a pessoa tiver uma graduação, mestrado ou doutorado lhe é concedido o título de professor, e dessa forma poderá atuar lecionando em Escolas ou Universidades. Não havendo nas instituições escolares uma exigência perante a formação pedagógica.
Continuando na idéia de Tosi, o professor é o habilitado, mas não é necessariamente o profissional da educação. Para ela, o profissional da educação é aquele que além de ter todas as exigências legais, tem dedicação em tempo integral, e isso implica uma vocação para ensinar que se traduz com amor a tarefa de educar.
Então, qual a diferença entre um bom e um mau professor, ou melhor, entre um professor e um educador, se seguirmos a reflexão de Tosi? Diversos autores mostram que o comportamento do professor perante a turma é um importante aliado, e gera interesse e forte influência nos alunos.
Para Kunz (2001), as atitudes tomadas pelo professor perante a turma são refletidas instantaneamente na personalidade dos alunos, assim a resposta dos alunos para um professor que se utiliza da força, ordena, ameaça e condena, será totalmente distinta de um professor que estimula, participa, instiga e acredita nos alunos. Para contribuir com essa idéia, Piletti (2000, p.19) diz que, “O que mais influi nas crianças das primeiras séries do ensino de primeiro grau é a personalidade do professor”. Isso implica dizer que o professor no momento de suas aulas atua não só pelo que ele diz e faz, mas pelo que ele é como um todo. Essa totalidade implica em total comprometimento pela tarefa docente. Para tanto, é necessário um trabalho árduo e um desenvolvimento capaz de atender a essa totalidade. Para Campos (2002), além de conhecer o público, conteúdos técnicos, científicos e filosóficos da área em questão, planejar e executar são uma arte que requer estudos profundos sobre o que e como ensinar, dispor recursos, avaliar, refazer e avaliar novamente, sendo o ponto culminante da didática em geral.
É importante lembrar que as atitudes “valem mais do que mil palavras” como é dito no jargão popular. As crianças agem de maneira similar, pois captam com uma freqüência muito maior os atos do que as palavras. Assim pode-se lembrar da clássica sátira onde o professor de educação física, que é muitas vezes considerado profissional da área da saúde dentro da escola, alertando a seus alunos sobre o cigarro:
- Fumar faz mal, isso causa inúmeros tipos de câncer, nunca façam isso.
E ao chegar na hora do intervalo, vai até a área externa a escola e fuma seu tão esmerado cigarro.
Todo esse processo não pode ser maquiado com a política do “faça o que eu digo e não faça o que eu faço”. Pelo contrário, tem-se que influenciar os alunos de forma positiva e isso não se consegue apenas com palavras, mas sim, com postura, vestimentas, costumes e atitudes, pois serão em média 90 pequenos vigias por dia (considerando 3 turmas de 30 alunos) para captar e absorver informações daquele que geralmente, na idéia das crianças, é tido como o sábio da escola, e portanto, tem que se comportar integralmente como tal.



Referências:

KUNZ, Elenor. Didática da Educação Física. Ijuí, Unijuí, 2001;
PILETTI, Claudino. Didática geral. São Paulo, Ática, 2000;
TOSI, Maria Raineldes. Didática, Um Olhar Para o Futuro. Campinas, Alínea, 2003;
CAMPOS, Luiz A. S. Didática Sob A Ótica Da Educação Física, Um Novo Olhar. Revista Profissão Docente v.02, n.04, 2002;